terça-feira, 12 de julho de 2011

30 dias.

"Meu coração batia forte. Forte e rápido. É, eu estava nervosa.
Chequei o relógio e fiz as contas, o vôo já estava no final mesmo. Devia faltar uns 20 ou 25 minutos para pousar. Só faltavam alguns minutos até eu entrar no aeroporto na minha cidade.
Embora um mês não seja tanto tempo assim eu estava tensa de como ia ser a volta. Várias coisas podem mudar ou acontecer sem você ter ideia quando se está fora do país.
Isso me deixava um pouco nervosa sim.
A viagem havia sido perfeita mesmo com a saudade apertando o coração o tempo todo. E agora o que o apertava era a ansiedade, curiosidade e o medo de...
A campainha do avião soou e a voz da aeromoça começou a ecoar em meus ouvidos interrompendo meus pensamentos. Havíamos chegado.
Só quem já passou por isso sabe como é confuso e até irritante todo o caminho de fora do avião até realmente ir embora para casa. Quando finalmente peguei minhas malas e estava tentando ajeita-las, ouvi alguém me chamar.
Estava de costas então não vi quem era, mas a voz, aquela voz tão familiar...
Virei-me e no meio daquelas pessoas correndo de um lado para o outro e não a muitos metros de mim eu vi aquele sorriso. Aquele sorriso que sempre me fez tanto bem. Olhei para o dono dele, avaliando-o.
O sorriso perfeito, as covinhas se formando do lado, os olhos molhados e com um leve tom de vermelho, o cabelo crescendo bagunçado, o corpo exatamente como eu lembrava só que mais forte. Ele estava lá, exatamente como eu havia deixado.
O que era meu continuava sendo meu.
Saí correndo largando as malas e me joguei nos braços dele e no minuto seguinte eu já estava fora do chão e tendo um abraço muito forte como resposta.
Em meio as lagrimas de felicidade, com um sorriso enorme e a voz trêmula, mas confortada pelo abraçado eu consegui dizer:
'Você me esperou.'
E obtive a resposta:
'Esperaria o tempo que fosse, por você.' ."

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